

TO-080 e a travessia perigosa em Luzimangues
Paulo Albuquerque
O distrito de Luzimangues, que compõe o município de Porto Nacional, em 2024 segue em franco crescimento. Segundo a prefeitura, no distrito, temos cerca de 24 mil habitantes. São muitos os desafios que um distrito deste tamanho enfrenta, sem dúvida. Mas quero abordar apenas um nesta estreia como articulista aqui em nosso site: a travessia da TO-080.
Nos horários de ‘pico’ e em dias próximos ao final (ou início) da semana é quase impossível fazer a passagem de um lado para o outro. E eu nem sei se sinalização basta. Os redutores de velocidade estão lá, mas a preferência única e exclusiva para os que estão na TO torna quase insuportável a situação para quem precisa se deslocar dentro do distrito, do Norte para o Sul e vice-versa.
Sofrem os pedestres, mas também os que estão motorizados. Estes ainda mais, pois dependem de mais circunstância para fazer a passagem. A TO-080 é um palco perigoso dentro do distrito, especialmente nos dois núcleos mais ocupados, onde estão os comércios e serviços.
Não dá mais para ignorar o fato de que a infraestrutura atual é insuficiente para garantir a segurança dos moradores de Luzimangues. É necessário um olhar atento das autoridades para implementar soluções eficazes, como a instalação de semáforos para pedestres, faixas de segurança bem sinalizadas, e, o que na minha opinião é o melhor: túneis que permitam a travessia segura.
Os moradores de Luzimangues merecem se deslocar com dignidade e segurança. A TO-080 não pode continuar sendo uma barreira que separa as pessoas de seus direitos mais básicos. É hora de transformar essa rodovia em um exemplo de mobilidade urbana segura e eficiente, onde a vida e o bem-estar dos cidadãos sejam a prioridade máxima.
A TO-080 é mantida pelo governo do Estado, por ser de sua responsabilidade. A ideia de federalizar esse trecho de 60 quilômetros é antiga desde ao menos 2012, quando o então ministro dos transportes Paulo Sérgio Passos abordou o assunto em audiência com o então governador Siqueira Campos. https://www.to.gov.br/secom/noticias/ministro-dos-transportes-propoe-federalizar-to-080/2uupw31pimmn
A questão é: independe de em quem recai o dever de cuidar da situação, cremos que nossas lideranças locais, estaduais e com poderes no Congresso Nacional, precisam retomar o caminho da busca por soluções.
Para pressionar as autoridades a agirem é importante que nós, os cidadãos, também adotemos uma abordagem multifacetada, a exemplo:
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Mobilização comunitária: Organizar a comunidade local para discutir os problemas de segurança viária e unir esforços. Isso pode incluir a criação de comitês de segurança ou grupos de ação comunitária.
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Campanhas de conscientização: Utilizar as redes sociais e a mídia local para aumentar a visibilidade do problema. Campanhas de conscientização podem incluir depoimentos de moradores, estatísticas de acidentes e a importância de melhorias na sinalização e infraestrutura.
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Petições e reivindicações formais: Elaborar petições e documentos que reivindiquem ações específicas das autoridades, como a instalação de semáforos, faixas de pedestres e iluminação adequada.
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Diálogo com representantes eleitos: Agendar reuniões com vereadores, deputados e outros representantes eleitos para discutir as preocupações da comunidade e buscar seu apoio para as demandas.
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Parcerias com ONGs e associações: Buscar o apoio de organizações não governamentais e associações de trânsito que possam oferecer expertise técnica e pressão política.
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Ações legais: Consultar advogados especializados em direito público para explorar a possibilidade de ações judiciais que possam obrigar o governo a tomar medidas.
Luzimangues, 25 de maio de 2024.
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